[RESENHA] Osbert, O Vingador

02:30 1 Comments A+ a-


OSBERT, O VINGADOR
Autor: Christopher William Hill
ISBN: 9788528616781
Editora: Bertrand Brasil
Histórias de Schwartzgarten #1

- cedido em parceria com a editora -

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Schwartzgarten é um lugar estranho. À primeira vista, trata-se de uma cidade como outra qualquer, com casas, bancos e bibliotecas. Entretanto, por trás dessa aparência comum se esconde um passado sinistro, repleto de violência e batalhas sangrentas. Para Osbert, que cresceu ali, a cidade não é tão esquisita assim. Ele está acostumado a passear todos os dias pelo cemitério e conhece várias histórias locais, mas nada disso parece influenciar negativamente o menino. Bem, pelo menos não até ele ser aceito no Instituto. Considerada a melhor escola de Schwartzgarten, o Instituto é também um lugar cruel, comandado por professores sádicos, que gostam de torturar seus alunos. Caladas, as crianças aceitam as duras punições sofridas, e, com certeza, Osbert fará o mesmo... Certo? Errado, muito errado! O menino é mais esperto do que todos imaginam e não pretende deixar os professores impunes. Pelo contrário: quer que eles paguem pela sua crueldade, da pior maneira possível. Eis que surge então Osbert, o Vingador, um justiceiro frio e determinado, disposto a destruir cada um de seus inimigos. Nesta história de vingança e reparação, Christopher William Hill nos surpreende com um herói nada bonzinho e vilões que se transformam em vítimas. Um livro assustador e imprevisível, que certamente fisgará os leitores da primeira à última página.

O Sr. e a Sra. Brinkhoff eram uma família respeitável que sempre quiseram ter um filho que fosse um gênio e, quando Osbert nasceu, com sua cabeça grande e testa alta, eles mal podiam se conter de felicidade. Mas, à medida que ele ia crescendo, Osbert nunca demonstrou interesse pelos negócios do pai (bancário), não gostava de brincar com outras crianças da sua idade e passava a maior parte do tempo estudando. Por isso, contrataram Babá para cuidar de Osbert.

Os próprios pais de Osbert lhe davam aulas em casa até perceberem que o garoto era inteligente demais até mesmo para eles e decidiram que ele se candidataria para estudar no Instituto, considerada a melhor escola de Schwartzgarten e conhecida pelas sombrias histórias sobre os professores que lecionam lá. Osbert é aceito na escola e logo percebe que todas as histórias eram verdade.

Tudo muda quando, com o apoio do Sr. Lomm, o único professor bom em toda a escola, ele participa de uma pequena competição para poderem usar o Violino de Constatin, um objeto muito antigo e respeitado no local. Osbert tira as notas máximas nas provas, coisa que nunca antes aconteceu, e o Diretor, que manda tanto no Instituto quanto no resto da cidade, decide que não admitiria derrota para um menino qualquer e que acabaria de vez com a felicidade dele. A partir daí, Osbert é expulso do Instituto, junto com o Sr. Lomm, perde sua casa (que pertence ao Instituto) e acaba indo morar com Babá.

O jovem Osbert se dá por derrotado, mas, à medida que vai notando mais e mais tudo de ruim que o Diretor e os outros professores fazem com as pessoas, algo vai crescendo dentro dele e um plano mirabolante se desenvolve. Assim, nasce O Assassino de Schwartzgarten, um vingador implacável disposto a eliminar, um por um, os professores do Instituto.

A população da estranha Schwartzgarten fica indecisa entre estar feliz com a morte de pessoas tão ruins e estar com medo de que o Assassino mate mais do que professores e todos ficam se perguntando: quem será o próximo? A polícia não consegue desvendar o mistério e até mesmo o Diretor começa a ficar temeroso com os acontecimentos. Será que Osbert, o Assassino de Schwartzgarten, conseguirá vingar todos que já sofreram nas mãos do Instituto?

Osbert, O Vingador chamou minha atenção pela capa ilustrada (que me fez imaginar que era um livro juvenil) e pela premissa da história, que achei bem diferente e possivelmente hilária. Agora, depois de terminar a leitura, tirei duas conclusões: o livro é sim juvenil, mas para crianças de uns 12 anos em diante. E sim, o livro é bem diferente e hilário. Todo o mundo criado por Christopher tem um aura sombria e irônica ao mesmo tempo e, meu Deus, como eu gostei desse livro.

Para começar, os personagens são muito divertidos, engenhosos e marcantes. As pessoas de Schwartzgarten são bem estranhas e engraçadas, cheios de segredos e frases bem boladas. Todos os personagens são bem peculiares e tornam o livro melhor do que já é.

Aí muita gente pensa: "uma criança assassina de professores? Nunca vou ler isso!" Meu Deus, peoples, isso é um livro de ficção, num universo completamente diferente, bem ao estilo Tim Burton de ser, e não tem uma narrativa pesada. Muito pelo contrário. Eu também esperava algo bem sombrio, mas o livro também é super divertido e vale muito a pena ler.

Quando eu pedi Osbert, O Vingador para resenha, não esperava gostar tanto, mas assim que comecei a ler fui fisgado pela história. Esse livro é daquele tipo que você pega e pensa "vou ler só um capítulo ou dois" e quando percebe já leu a metade do livro ou ele todo. A narrativa é muito fluída, de fácil entendimento, divertida e sombria na medida certa.

A capa do livro, apesar de bem simples, é bem legal quando vista completa e o acabamento físico que a editora usou no livro ficou muito bom. Achei legal que, no fim do livro, temos algumas "matérias" dos jornais de Schwartzgarten que falam sobre o Assassino e outras coisas citadas no decorrer da história. 

Por fim, deixando bem claro que avaliei o livro com cinco estrelas, só tenho a dizer: gostaria eu mesmo de ter escrito esse livro.





1 comentários:

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Unknown
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3 de abril de 2015 às 16:46 delete

Muita boa sua resenha, Riquo! Esse livro parece bem interessante. :3

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Obrigado por comentar!