[RESENHA] A Morte de Sarai

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A MORTE DE SARAI
Autora: J. A. Redmerski
ISBN: 9788581052571
Editora: Suma de Letras
Na Companhia de Assassinos #1

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Sarai era uma típica adolescente americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada pela mãe para viver no México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres. Ele se apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a mantém em cativeiro. Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com meninas que não têm a mesma sorte. Depois de nove anos trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar. Victor é um assassino de aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo ou seduzi-lo. Em “A morte de Sarai”, primeiro volume da série Na Companhia de Assassinos, quando as circunstâncias tomam um rumo inesperado, os dois são obrigados a questionar tudo em que pensavam acreditar. Dedicado a ajudar a garota a recuperar sua liberdade, Victor se descobre disposto a arriscar tudo para salvá-la. E Sarai não entende por que sua vontade de ser livre de repente dá lugar ao desejo de se prender àquele homem misterioso para sempre.
A autora do Best-seller “Entre o agora e o nunca” e “Entre o agora e o sempre” traz uma história de paixão e sobrevivência que vai fazer você prender o fôlego em vários momentos da leitura. 

Sarai não tinha nada de especial. Ao contrário, era uma simples e normal adolescente que, como muitas outras, pretendia terminar o ensino médio e tentar uma vaga numa boa universidade. Entretanto, sua vida ganha novos rumos quando sua mãe a leva para morar no México, onde ela acaba nas mãos do traficante Javier, que se apaixona por ela e passa a mantê-la em cativeiro. Apesar de não sofrer nenhum tipo de maus tratos, a jovem Sarai passa nove anos de sua vida nessa triste condição: presa, juntamente a outras meninas, que não compartilham da mesma sorte que ela de ter um lugar cativo no coração do bandido que a aprisionara. 

Somente coma chegada de Vitor, um jovem matador de aluguel, a jovem Sarai vê, de um modo meio torto ou simplesmente inexplicável, uma oportunidade única para fugir. E é aí que o livro ganha toda a carga de eletricidade que uma boa narrativa precisa. Sarai, a heroína da trama, é muito jovem para carregar tal fardo. A impressão que é ela, embora imatura pela pouca idade, tem plena consciência do destino que a vida lhe reservou. Mas as mortes, estupros e outros crimes que ela presenciou durante seu cativeiro não a tornaram uma vítima da violência, mas alguém que deseja sobreviver a ela. Talvez seja viagem de minha parte, mas, em alguns momentos, vi Sarai como a personagem Sidney Prescoot, interpretada pela atriz Neve Campbell, na série Pânico, de Wes Craven. Confira o trecho abaixo: 
Parece que há muitas coisas que eu poderia e deveria ter feito. Nunca imaginei que eu seria a garota idiota do filme de terror que entra correndo na casa mal assombrada ou tropeça nos próprios pés fugindo da floresta às escuras. Acho que, no geral, todos achamos ridícula a idiotice dos outros, até que nós mesmos somos forçados a viver experiências traumáticas.
Também preciso dar destaque ao traficante Javier, que, a meu ver, parece bem mais com um psicopata daqueles que entram para a história. A prosa de J.A. Redmerski (nome difícil, mas intrigante!) tem um quê de mistério que convida leitores a se tornarem presentes no mesmo cativeiro que a personagem Sarai. 

Não há nada de previsível na trama principal. Ao contrário, a todo momento, somos surpreendidos por um acontecimento inesperado, mas bem construído. O livro em si não é muito grande. Os capítulos são curtos, mas muitíssimo bem escritos. 

A morte de Sarai é o primeiro volume da série Na Companhia De Assassinos e eu confesso que mal posso esperar para ler a continuação.



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