[RESENHA] Quando Tudo Volta

13:07 13 Comments A+ a-


QUANDO TUDO VOLTA
Autor: John Corey Whaley
ISBN: 9788581633848
Editora: Novo Conceito

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Uma morte por overdose. Um fanático estudioso da Bíblia. Um pássaro lendário. Pesadelos com zumbis. Coisas tão diferentes podem habitar a vida de uma única pessoa? Cullen Witter leva uma vida sem graça. Trabalha em uma lanchonete, tenta compreender as garotas e não é lá muito sociável. Seu irmão, Gabriel, de 15 anos, costuma ser o centro das atenções por onde passa. Mas Cullen não tem ciúmes dele. Na verdade, ele é o seu maior admirador. O desaparecimento (ou fuga?) de Gabriel fica em segundo plano diante da nova mania da cidade: o pica-pau Lázaro, que todos pensavam estar extinto e que resolveu, aparentemente, ressuscitar por aquelas bandas. Em meio a uma cidade eufórica por causa de um pássaro que talvez nem exista de verdade, Cullen sofre com a falta do irmão e deseja, mais que tudo, que os seus sonhos se tornem realidade. E bem rápido.


“Nunca julgue um livro pela capa”. Acho que eu tinha uns treze, catorze anos quando ouvi um amigo de meu pai, que era meu professor na escola, dizer essa frase pela primeira vez. Bem, este foi o primeiro desafio que precisei enfrentar ao encontrar-me com a edição brasileira do livro de John Corey Whaley, cujo título em português não é tão sugestivo quanto às palavras que o margeiam, ainda na capa:
Porque eu estou acordado em um mundo de pessoas que dormem.
Nada sugestiva, a capa do livro traz a silhueta de um pássaro, sob um fundo azul celeste. Longe de qualquer coisa atrativa à mente dos leitores, a história de Culler Witter, que é intercalada com a missão de Bento Sage, um missionário (Não me perguntem o motivo. Terminei a leitura e não descobri), se desenrola de maneira irritantemente vagarosa, quase deprimente.
Eu tinha dezessete anos quando vi o primeiro cadáver. Não era de meu primo Oslo. Era de uma mulher que aparentava ter cinquenta anos ou, pelo menos, quase isso. Não dava para ver furos de bala nem arranhões, cortes ou hematomas, então acreditei que ela tivesse acabado de morrer de alguma doença ou algo assim (p. 9)
A trama se passa na cidade de Lily, no Arkansas, um lugar maçante e tedioso, onde nada parece acontecer. Isso até o irmão mais novo de Culler, Gabriel, sumir misteriosamente, sem deixar vestígios. Numa cidade pequena, um fato não tão comum como o reaparecimento de uma espécie rara de pica-pau, dada como extinta, mobiliza todos de tal forma, que ninguém parece ligar para o desaparecimento do irmão de Culler, fato que deixa a família ainda mais desesperada.
Como a recusa de meu pai em voltar ao trabalho praticamente esgotou nossos fundos, minha família decidiu aceitar doações mediadas pelo banco local, organizadas pela Primeira Igreja Metodista Unida de Lily, que frequentávamos duas vezes por ano (p. 101)
Entre outras coisas, li algumas resenhas que sugeriam que o livro talvez fosse semelhante ao clássico A culpa é das estrelas. Bem, se John Green já tivesse morrido, voltaria à vida só para defender seu livro de uma heresia como essa.

Entretanto, nem tudo provêm da negatividade. Gostei, e muito, dos títulos que o autor deu aos capítulos do livro. Todos, sem exceção, são curiosos, literários, quase estimulantes.

Então, querido leitor, se depois de ler esta resenha, você ainda ficar empolgado com uma possível leitura desta obra, é só dar uma conferida nos agradecimentos do livro, onde o próprio autor assume um “solitário com uma queda por escrever histórias semidepressivas”.

Opinião final: decepção. O livro é confuso, sem maiores motivações para o leitor.




13 comentários

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14 de abril de 2014 às 17:46 delete

Cara, eu juro que quando vi a capa do livro aqui, pensei: Pronto, mais um de capa feia que é bom pacas!
Hahahahaha, que bosta! Imagino o quão desgastante deve ter sido continuar a leitura!
Beijinhos
Sou eu... Pri!

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Caroline
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14 de abril de 2014 às 18:33 delete

Sinceramente, ainda não li esse livro, ele não chamou minha atenção e eu não gostei dessa capa. O livro que li o pessoal dizendo que parece o do John é O começo de tudo. Não sabia que estavam comparando com esse também. É um livro curto, então, lerei rapidamente e pelo visto não irei gostar tanto.
Beijos!

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Moniiqueta
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15 de abril de 2014 às 14:25 delete

Rafaela HAHAHAHAHAHAHAHA
Cara quando eu vi a capa do livro até achei bonita para os antigos padrões da NC e vi algumas pessoas falando bem e aí leio sua resenha e tibum..Um banho de água fria...Nossa que deprimente, nossa que tédio...Parabéns por ter conseguido terminar a leitura HAHAHAHAHAHA.

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Moniiqueta
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15 de abril de 2014 às 14:26 delete

Aliás Rafael, me trollando na escrita ..
Desculpe pelo erro fatídico.

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Kel Araujo
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15 de abril de 2014 às 19:25 delete

Eita, depois da sua resenha acho que foi passar longe. Essa é a primeira resenha que leio desse livro e, como dizem que a primeira impressão é a que fica... huahuahua

beijos
Kel
www.porumaboaleitura.com.br

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18 de abril de 2014 às 06:15 delete

Pois é... eu tinha as melhores expectativas sobre este livro. Talvez por isso, a queda tenha sido tão grande. Mas conheço pessoas que já leram e gostaram.

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Alessandra M.
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20 de abril de 2014 às 22:03 delete

A história é legal pena que não faz o meu gênero, não gosto de coisas autodepressivas. Mas tive a mesma impressão que você por causa da capa, que deve ser chato a história, mas é legalzinha.

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Unknown
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20 de abril de 2014 às 22:34 delete

A primeira resenha que vi desse livro... agora ficou martelando na minha mente que o livro vai ser ruim. e eu estava com tanta expectativas em relação a ele. sobre a capa eu ate tinha gostado, contrariando a opinião geral. Agora tento ler ou não? eis a questão.

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22 de abril de 2014 às 16:10 delete

Oi Thiago. Não é porque um ou dois não gostaram que você também não vai gostar. O Henrique me disse outro dia que gostou do livro. As opiniões são como raios de sol: cada uma vai numa direção. Vá em frente! Dê ao livro a chance que ele merece. Depois, quem sabe, a gente conversa e você me faz entender algumas coisas que não fui capaz de assimilar.

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Unknown
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25 de abril de 2014 às 12:42 delete

Vi várias resenhas sobre o livro, e fiquei curiosa para saber a opinião de vários blogueiros pois todos diziam que o livro é confuso.
Eu achei a capa até bonitinha, mas acho que não leria, apesar de estar com vontade depois de tantos comentários.

Beijos, Thaynara
Livros com Bolinhos

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28 de abril de 2014 às 12:27 delete

Esse livro já nao me agradou a capa, essa resenha me desanimou ainda mais em ler o livro... =/
Eu ja li A culpa é das estrelas, eu adorei, apesar dos pontos negatibos meio que deu uma curiosidade de ler esse pra saber se tem algo semelhante mesmo... hahahahaaha

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28 de abril de 2014 às 16:49 delete

Bom...
Eu já não teria vontade de ler pela capa...a sinopse não me chamou a atenção, e lendo a sua resenha, me desanimei por completo.
Eu estou em uma ressaca literária sem fim, e acho que não vou sair dela lendo um livro como esse. Mas gostei de ler a sua sinceridade ao falar do livro.

Abraços
Vivi

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Victor Rosa
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30 de abril de 2014 às 18:19 delete

Olá Rafael, acho que compararam a ACEDE por causa da cor da capa :/ Não gosta das capas da NC, mas essa particularmente ta DIVINA e a história parece muito boa pq adorei os quotes!!!
Super Abraço!!

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