[RESENHA] O Dom

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O DOM
Autor: Robert Ovies
ISBN: 9788576862796
Editora: Verus

- cedido em parceria com a editora -

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Quando C. J. Walker, um garoto de nove anos, encosta no braço da amiga de sua mãe no velório e sussurra o desejo de que ela não estivesse morta, só está tentando fazer a coisa certa. Mas, no momento em que a mulher desperta, a tempestade que se segue não pode ser contida. Pessoas aterrorizadas, dentro e fora das fronteiras da cidade, exigem saber quantos de seus entes queridos podem ter sido enterrados vivos pelo mesmo agente funerário, ou por qualquer outro. Porém a prova de que C. J. Walker pode realmente despertar os mortos é filmada em segredo e então veiculada publicamente. Em uma única manhã, a mãe de C. J., Lynn, vê sua casa se tornar uma fortaleza e seu filho, um alvo. Indivíduos de luto, desesperados para que a morte abandone seus entes queridos; representantes da mídia e de organizações médicas e científicas; influentes líderes religiosos e poderosas agências governamentais, todos mexem seus pauzinhos para ganhar uma posição de vantagem e influência e obter o máximo controle sobre o dom mais poderoso de que já se teve notícia. Em meio à confusão, Lynn e seu ex-marido, Joe, lutam para encontrar uma maneira de escapar com C. J., para mantê-lo em segurança e de alguma forma tornar possível que ele tenha uma vida normal novamente. Mas para isso eles precisam agir rápido, antes que o garoto seja levado por algum dos vários interessados em seu poder.

P.S.: esta resenha foi feita por meu tio. Como é seu primeiro contato com o blog, eu revisei e mudei umas palavras na resenha, mas a essência ainda é a mesma. Essa é a opinião dele.

Tudo começa quando, algum tempo após o velório de Marion Klein, a mesma demonstra estar viva. Ninguém parece acreditar que aquilo está acontecendo mesmo, mas logo se confirma: Marion está viva e parece bem; até mesmo o seu câncer entrou em estado de remissão. 

O acontecimento por si só já é bastante assombroso até que uma emissora de TV descobre o caso e o divulga ao público, que passa a ser chamado de caso da "Mulher Lázaro". Com a mídia atuando em cima do acontecido, as pessoas começam a se questionar: seria mesmo um milagre ou uma tentativa de homícidio? Alguns começam a se perguntar se algum familiar seu que foi velado pela mesma agência funerária estava realmente morto.

Do outro lado da história, está C. J. Walker, um garotinho de nove anos, assustado com a possibilidade de ter sido o causador da ressurreição de Marion. Ele estava no velório e tocou nela, desejando que ela ficasse bem. E agora ela está viva. A mãe e o pai de C. J. não acreditam, é claro. Mas, numa tentativa de mostrar que o garoto está errado, o milagre acontece novamente e o impossível se mostra real: duas mulheres com câncer, no mesmo hospital de Marion, se mostram curadas de suas doenças. 

De alguma forma, a prova do que C. J. é capaz acaba vazando para o mundo e logo as pessoas começam a desejar por um milagre; querem seus entes queridos de volta ou curados de suas doenças. Tudo fica uma loucura! Os pais de C. J., então, precisam achar uma forma de proteger seu filho do mundo, independente do seu dom.

Um aspecto interessante sobre O Dom é a forma como o autor narra a história; é de se esperar que a narrativa seja em primeira pessoa ou em terceira, mas focada na família, mas o autor usa de um estilo que agrada aos fãs de suspense policial. Ele alterna entre vários pontos de vista, até mesmo de personagens que não achamos importantes, e tem uma narrativa densa. Como um apreciador do gênero, esse foi um ponto positivo.

No começo, o livro é um tanto massante. A história demora um pouco a se desenrolar e só passa a ficar realmente boa a partir da página 100, mais ou menos. De qualquer forma, achei a trama bem trabalhada; é interessante ver o sobrenatural exposto ao mundo e a forma como isso afeta as pessoas. Esse livro mostra bem como o ser humano pode ser nas mais variadas ocasiões, desde caridoso a ganancioso.

Os personagens são interessantes. Alguns não tem uma personalidade tão marcante à medida que outros tem demais. O autor mistura diversas histórias individuais, que falam sobre medo, fé e família, em uma única história e esse é o ponto principal da história, não simplesmente o dom de C. J.. 

Quem está começando a ler e não teve muito contato com esse estilo até então, pode pensar em desistir do livro. Como eu disse: é massante, mas deixo a dica de que não devem desistir. É um livro e tanto, para os apreciadores de um bom thriller.

A capa é bem simples e a parte interna também, mas tem letras agradáveis para a leitura e boa revisão. 


por Leandro Dantas




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