[RESENHA] Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently

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AGÊNCIA DE INVESTIGAÇÕES HOLÍSTICAS DIRK GENTLY
Autor: Douglas Adams
ISBN: 9788580413953
Editora: Arqueiro
Dirk Gently #1

- cedido em parceria com a editora -

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Richard MacDuff é um engenheiro de computação perfeitamente normal que sempre se comportou muito bem, obrigado, até o dia em que deixa uma mensagem equivocada na secretária eletrônica de sua namorada, Susan Way. Arrependido, toma a decisão mais natural possível: escalar o prédio dela e invadir seu apartamento para roubar a fita com a gravação. Na vizinhança, Dirk Gently bisbilhota os arredores com seu binóculo quando presencia o ato tresloucado do antigo colega de faculdade e decide entrar em contato para lhe oferecer seus serviços investigativos. Depois de uma série de acontecimentos bizarros, o detetive percebe uma interconexão obscura entre a atitude estapafúrdia do amigo e o assassinato de Gordon Way – irmão de Susan e chefe de Richard, que passa a ser suspeito do crime. De uma hora para outra, os dois veem-se envolvidos num caso incrivelmente estranho, com elementos díspares e desconexos que, no final, conseguem se encaixar de forma perfeita e construir uma trama típica de Douglas Adams.
Quando finalmente a Editora Arqueiro resolveu lançar outro livro do autor Douglas Adams – mesmo autor de O Guia dos Mochileiros da Galáxia –, mal pude conter minha ansiedade para ler algo novo desse autor que me conquistou com uma escrita tão peculiar e ao mesmo tempo tão gostosa de acompanhar. Mas ao receber o livro e iniciar a leitura, vi que não era exatamente o que eu esperava.

Algo que eu não faço com frequência é abandonar alguma leitura; mesmo que ela não esteja lá aquelas coisas, procuro ir sempre até o fim. Mas eu definitivamente abandonei este livro. Eu não tive forças para ir até o fim desse livro. Além de um enredo confuso e uma narrativa que não conseguiu me prender, basicamente o livro me levou ao tédio logo nas primeiras páginas. 

Tudo bem, vocês tem todo o direito de dizer que o começo é ruim mas que o livro pode melhorar... eu sei disso, mas eu simplesmente não consegui prosseguir. Uma vez vi uma entrevista do Stephen King que dizia que se o livro não o conquistasse nas primeiras trinta páginas, ele abandonava o livro. Eu geralmente não sou tão radical. Lógico que o começo tem que engajar o leitor a história, mas ainda persisto mais um pouco se isso não aconteceu até as trinta primeiras páginas. 

Por mais que o Douglas Adams já tivesse se mostrado um autor que gosta de explorar enredos excêntricos, desta vez eu não consegui me envolver – como já havia acontecido em outras obras do autor – e acabei achando a trama bastante confusa. Quem já leu a série O Guia dos Mochileiros das Galáxias sabe do que eu estou dizendo. O autor traz tantas coisas inusitadas e improváveis, da maneira mais engraçada possível. Eu esperava encontrar nesse novo livro do autor algo do tipo, mas não foi o que eu encontrei. Logo no início eu comecei a me perder com os personagens, não conseguia memorizar quem era quem e logo começou umas cenas malucas como só o Douglas saberia escrever, mas tudo virou um turbilhão de informações e em menos de cinquenta páginas, eu já estava perdido na trama. 

Eu já li e ouvi várias críticas super positivas desse livro e pessoas que realmente conseguiram encontram a essência de Adams nesse livro, mas para minha infelicidade, eu não. Talvez eu só não estava preparado para ler esse livro ou mesmo ele não tenha funcionado para mim, mas para você – assim como para muitos outros –, pode ser um livro muito bom. Caso você já tenha lido algo do autor e quiser se aventurar, vale a pena tentar e ver se pra você será uma boa leitura.


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